06/12/2017

Remendando Cristais





Em quais vezes já morri?
Por quantas vezes já morri?

Que importa?
A quem importa?

O vento varre tudo.
A chuva vai e vem
vem e vai.
O sol também morre.
Coitado do sol.
Mas
enquanto houver
ainda horizontes meus
bordados pelas esperanças minhas.
Oh! essas ilusórias auroras.

E enquanto houver ainda
rosas e paisagens
em retinas minhas
minhas telas
fugazes ou mentirosas
então talvez
eu ainda, ainda ressuscite
podendo lutar
e comigo brigar
na ânsia louca de buscar
vozes, olhares e gestos
e como num carnaval brincar
dentro e abraçada ao calor
dos verbos: Voltar – Acreditar.

 Alvina Nunes Tzovenos 
In: Palavras ao Tempo


10 comentários:

  1. Hoje vem Sao Nicola visitar os crianças boas
    bjs

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  2. Bom dia. Enquanto houver na alma poesia. Toda a tristeza se esvai e a alegria de viver ressurge e fica.
    .
    Deixando cumprimentos
    .

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  3. Que lindo poema, profundo, simples e forte...
    Um carinhoso abraço!
    Bíndi e Ghost

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  4. Belíssimo :D

    http://submersa-em-palavras.blogspot.com.br/

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  5. Que bonito!! Amei. Obrigada pela partilha.

    Beijo e um excelente dia.

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  6. Que belo poema, repleto de profundidade e emoção, gostei muito!
    Um grande abraço!

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  7. Morrer e ressuscitar,
    de acreditar gostava eu
    esse poema dá que pensar
    parabéns a quem o escreveu!

    Tenha uma boa noite amiga Maria, um abraço,
    Eduardo.

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  8. muito interessante estes versos deste poema, gostei muito. Obrigada pela partilha.
    Abração e beijinhos,
    Léah

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  9. * Estou aqui conhecendo este blogue e gostando muito !!!

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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